Aos 12 anos, minha filha não esconde o tédio diante da minha insistente e atrasada constatação de que ela não é mais um bebê

Foi o primeiro ano com provas com notas de 0 a 10, com média 7 para passar. O primeiro com diversas matérias e diferentes professores. O primeiro em que rolou um receio de precisar ficar mais tempo na escola para fazer recuperação. Nesta quarta, a guriazinha gritou de alívio ao ver a nota de História acima do que precisava tirar para passar direto (tivemos problema com os fenícios…).
Matematicamente aprovada para o 7º ano.
Em marcos assim, minha cabeça insiste em formular o pensamento “não é mais meu bebê”. E nas poucas vezes em que eu digo isso em voz alta, a resposta, com a voz de tédio que apenas uma adolescente de 12 anos é capaz de emitir, é “faz tempo, mãe”.
Faz tempo, mas vai seguir sendo, meu amor. Aceita que dói menos. E não esquece do aprendizado que tiveste este ano que eu achei mais divertido (e importante): “Que engraçado, mãe. Depois que eu comecei a prestar mais atenção na aula de História, passei a entender tudo”.
É isso, pequena. Presta atenção em tudo. Mesmo no que aparentemente não te interessa (como os fenícios, que eu também não curtia muito, por isso te entendo). A gente aprende sempre. Nunca te esquece disso. Parabéns pela nova etapa escolar cumprida. Que venham as férias. Assim como a professora de matemática escreveu na prova gabaritada que ilustra este post, estou muito orgulhosa de ti!
