Se você acha superbons os textos de ChatGPT, DeepSeek e Perplexity, está precisando ler mais coisas de qualidade escritas por gente
Um dos superpoderes que mais de 25 anos de tradução me deram foi o de identificar estilos com mais facilidade. Assim como tenho bom ouvido pra música (sou capaz de reconhecer uma canção já nos primeiros acordes), desenvolvi a capacidade de saber quem escreveu um texto na primeira frase, quando se trata de um autor com cuja obra eu tenha bastante contato.
Posto isto, está ficando ridícula a proporção de textos de IA sem nenhuma edição ou toque pessoal que me abalroa aqui no Linkedinho nos últimos tempos. Usar IA generativa não é pecado, não é errado, não é ruim. Eu uso. Péssimo é não se dar o trabalho de reescrever pra dar o próprio tom. Pior ainda é o que desconfio que está de fato havendo: pessoal tá COPIANDO o estilo da IA.
Dica? Não basta saber fazer bons prompts. É preciso saber trabalhar o que a IA cospe de volta. Pode parecer bom, mas se você tiver repertório de estilo introjetado, vai ver que é só mais do mesmo. O segredo pra mudar isso? Ler coisa escrita por gente boa. Como faziam os iluministas.
Obrigada. De nada.
Cássia Zanon | texto, comunicação etc. 