Sextou pra quem?

O dia estava lindo, acordei animada, trabalhei até as 10h e 10h30 saí para fazer um exame simples (que deveria levar no máximo 20 minutos entre chegar e sair do laboratório da Unimed) e buscar o DIU que vou implantar na próxima quarta-feira para ajudar com os sintomas do tal climatério (logo na minha vez, que fujo do hype desde que me lembro por gente, estou na perimenopausa quando todo mundo só fala disso).

O exame simples, que foi feito em cinco minutos, levou mais de uma hora, entre estacionar o carro e partir para simplesmente buscar o DIU. Entre eu chegar ao local designado e de fato conseguir ser atendida e apenas pegar a traquitana (que, segundo o atendimento ao cliente estava à minha espera desde o mês passado), foi quase uma hora e meia.

Faltava pagar o estacionamento, pegar o carro e começar o trajeto de volta para casa. O tanto de vaivém que foi preciso para pagar o bilhete por conta de problemas no sistema (primeiro do shopping e depois do banco) somou mais meia hora na minha já atribulada manhã. A essa altura, tarde. E eu com fome. E trabalho à minha espera em casa.

Ao me fazer rever em flash todas as pequenas bobagens que atravancaram meu dia até ali, a inocente pergunta “mas como tu demorou tudo isso pra sair daí?”, feita pelo Márcio Pinheiro enquanto eu esperava o primeiro sinal abrir, detonou a maior crise de choro que me lembro de ter há tempos. Devo ter perdido um meio litro em lágrimas nos 30 minutos de trajeto. E quem cruzou meu caminho deve ter se espantado com a motorista aos prantos em pleno começo de tarde da sexta-feira.

Pode ser a perimenopausa? Claro que pode. Mas também pode ser simplesmente a vida.

Pela paciência com o post classe média sofre, obrigada.